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ViPeR5000(Rui Melo)

Ruas alagadas, estradas cortadas, inundaÃ§Ãµes domÃ©sticas, Ã¡rvores caÃdas e postes de electricidade derrubados. Foi este o cenÃ¡rio que ontem proliferou em todo o PaÃs e que irÃ¡ continuar atÃ© quinta-feira, com os alertas laranja para o Norte e Centro e amarelo para o Sul a manterem-se. Segundo as previsÃµes do Instituto de Meteorologia (IM), a chuva continuarÃ¡ a cair com epicentro, caracterÃsticas geolÃ³gicas e topogrÃ¡ficas do terreno, e com as estruturas edificadas.">intensidade e o vento poderÃ¡ atingir os cem quilÃ³metros no litoral e nas terras altas.

Ontem, Braga e Lisboa foram os distritos mais fustigados durante a manhÃ£ e o inÃcio da tarde.

Na capital, o cÃ©u escureceu por volta das 14.00 e uma tromba de Ã¡gua atingiu a regiÃ£o, levando os lisboetas a recolherem-se em casa e nos centros comerciais. Em pouco mais de duas horas, os bombeiros receberam cem chamadas para acudir a inundaÃ§Ãµes na via pÃºblica e em algumas habitaÃ§Ãµes, mas ao final da tarde estava tudo resolvido. Benfica, Chelas e Odivelas foram das zonas mais afectadas. Nos concelhos limÃtrofes, Oeiras ficou Ã frente com 70 inundaÃ§Ãµes, seguida da Amadora com 27 e Cascais com 23. No entanto, e segundo o ServiÃ§o de ProtecÃ§Ã£o Civil, nÃ£o se registaram grandes danos materiais ou pessoais. "NÃ£o registÃ¡mos qualquer situaÃ§Ã£o fora do normal para o tempo e para a Ã©poca. A maioria das inundaÃ§Ãµes ocorreram na via pÃºblica", referiu ao DN o chefe de turno do BatalhÃ£o de Sapadores de Bombeiros de Lisboa.

Mas os centros de operaÃ§Ã£o de socorro de todo o PaÃs registaram 466 inundaÃ§Ãµes, a maioria por entupimento de sarjetas e de algerozes, e 160 quedas de Ã¡rvore, uma grande parte na zona centro, o que provocou o corte de algumas estradas.

No Norte, os Bombeiros Sapadores do Porto e Gaia e os centros de operaÃ§Ã£o de socorro acudiram a inÃºmeras inundaÃ§Ãµes, sobretudo da via pÃºblica e em algumas habitaÃ§Ãµes, garantindo que se tratava de situaÃ§Ãµes normais. As doze freguesias de Barcelos foram das mais afectadas, onde a chuva provocou "elevados prejuÃzos materiais em cerca de uma dezena de habitaÃ§Ãµes", disse fonte dos bombeiros locais. As inundaÃ§Ãµes obrigaram tambÃ©m Ã intervenÃ§Ã£o dos bombeiros em duas fÃ¡bricas do concelho e a retirar uma famÃlia do primeiro andar da sua casa, porque o rÃ©s-do-chÃ£o estava "cheio de Ã¡gua".

Ao longo de toda a manhÃ£, as trombas-d'Ã¡gua e o forte vento arrastaram ainda muros e terras pelas ruas de diversas freguesias do concelho. No Centro, Aveiro, Castelo Branco, Mira, Figueira da Foz, Guarda e Leiria foram zonas marcadas pela queda de Ã¡rvores, que levaram ao corte de algumas estradas.

De acordo com o IM, o estado do tempo irÃ¡ manter-se assim atÃ© quinta-feira, comeÃ§ando a aliviar durante a tarde. "HaverÃ¡ diminuiÃ§Ã£o de nebulosidade, cÃ©u pouco nublado ou mesmo limpo em alguns locais e ausÃªncia de precipitaÃ§Ã£o", explicou ao DN o meteorologista de serviÃ§o. A chuva intensa e o vento forte estÃ£o a ser provocados pela passagem de sucessivas superfÃcies frontais associadas a uma depressÃ£o centrada a sudoeste das Ilhas BritÃ¢nicas.

Por
Ana Mafalda InÃ¡cio
Joana de BelÃ©m
Fonte DN

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