Bravo33
Sexo: Registrado em: 19 Jun 2006 Mensagens: 1260 Local/Origem: Mealhada
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Colocada: Ter Out 16, 2007 9:14 am Assunto: Fanfarra dos Bombeiros Voluntários pode suspender actividade |
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Em 1935, o concelho passou a contar com uma nova instituição – a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponte da Barca – a qual, ao longo de mais de sete décadas, tem prestado relevantÃssimos serviços aos barquenses.
EmÃdio José Rodrigues e José Martins Barreiros foram, então, os homens do leme, encabeçando um conjunto de pessoas a quem a Barca muito deve.
Vinte e oito anos depois, Joaquim Arriscado Magalhães fundaria, em 1963, a fanfarra que, há quarenta e quatro anos, pela sua qualidade, pelo seu prestÃgio, tem levado longe o nome da nossa terra.
Para além do fundador, nomes como Manuel Ribeiro, João Guimarães de Sousa, LuÃs Guimarães, Manuel Franco Vieira e muitos, muitos outros têm feito a história daquela que nos habituámos a identificar como “a†fanfarra.
Como se, para nós, não houvesse outra.
A 15 de Setembro, a nossa fanfarra participou, em Ponte de Lima, num desfile de fanfarras integrado nas comemorações dos 120 anos dos Bombeiros Voluntários limianos.
Pessoas que presenciaram o desfile, residentes em Ponte de Lima, não hesitaram em afirmar-nos ter sido a fanfarra da Barca a mais apreciada. Uma vez mais, honrou o concelho.
A 23 de Setembro actuaria, no sul do paÃs, no aniversário dos Bombeiros Voluntários de Carnaxide.
Poucos dias depois, a 29 de Setembro, a Comissão que gere a fanfarra divulgou, através do nosso jornal, um comunicado em que alertava para a possibilidade de estas poderem ter sido as suas últimas actuações.
Os homens da fanfarra estão desiludidos.
Não sentem o apoio que, têm a certeza, merecem.
São quarenta os elementos que formam a fanfarra.
A maior parte são jovens, enquadrados pela “velha guarda†que tem já muitos anos de participação.
A Comissão responsável – Manuel Franco Vieira, José Manuel Gomes, Fernando Silva e Manuel Monteiro – funciona autonomamente em relação à Direcção dos Bombeiros. Numa situação que já vem de trás, os Bombeiros apenas emprestam o nome e cedem as instalações.
Os apoios são inexistentes.
Transportes, fardamentos, manutenção, gratificação ao pessoal, tudo passa por esta Comissão que gere, também, a agenda das actuações.
Manuel Monteiro é o porta-voz da Comissão e dá-nos conta da sua desilusão: “Estamos a ficar saturados. Todos os elementos se entregam de alma e coração e sentimo-nos desapoiados. Sobrevivemos em função da nossa carolice, do nosso amor à fanfarra. Quando há ensaios ou saÃdas, para poupar dinheiro, fazemo-nos transportar nos nossos próprios carrosâ€.
A fanfarra vive, pois, apenas com os seus meios.
O facto de não estar constituida como associação impede a institucionalização dos apoios.
“Não temos qualquer protocolo com a Câmara, por isso o seu apoio é pontual e não sistematizado. Cede-nos, todos os anos, o autocarro para participarmos na festa do Senhor dos Navegantes, nas Caxinas. O mesmo acontece quando há saÃdas por convite, não pagas, como se verificou recentemente com as idas a Ballancourt (França) e Carnaxide, mas a fanfarra assume as despesas inerentes. E é preciso referir que, como contrapartida, participamos com total disponibilidade sempre que solicitados pela autarquia, como sucede, por exemplo, no S. Bartolomeu e no 25 de Abrilâ€.
“O Povo da Barca†sabe que o facto de este ano, contrariamente ao habitual, não ter sido oferecido um pequeno lanche à fanfarra, após a procissão de S. Bartolomeu, criou mal-estar entre os seus elementos, alguns dos quais terão desabafado não terem disponibilidade para participar no próximo ano.
Por outro lado, provocou descontentamento – aliás explÃcito no comunicado tornado público – não haver qualquer referência à fanfarra no programa da romaria de S. Bartolomeu.
Recorde-se que a fanfarra não cobra qualquer verba pela actuação nas festas do concelho.
Segundo conseguimos apurar, a falta de apoios e o consequente desânimo dos elementos da Comissão responsável tornaram estes aparentes pormenores em - parafraseando um célebre cronista desportivo - “por... maioresâ€.
“O comunicado que divulgámos pretendeu, justamente, alertar a população e as intituições do concelho para a situação que estamos a viver. Queremos agradecer à Junta de Freguesia de Ponte da Barca, que nos ajudou na aquisição de camisas – como contrapartida actuámos gratuitamente no S. João – e á Junta de Freguesia de Vila Nova de Múia que colaborou nas despesas da recepção aos Bombeiros de Ballancourt, em virtude de a maioria dos barquenses ali residentes, bem como grande parte dos elementos da fanfarra, serem naturais de Vila Nova. Foram os únicos apoios que recebemos em 2006â€, disse ao “Povo da Barca†Manuel Monteiro.
O nosso jornal conseguiu apurar que irá decorrer brevemente uma reunião com todos os elementos da fanfarra tendo em vista debater a actual situação.
Segundo as nossas fontes, desde os elementos mais jovens à “velha guarda†existe um forte empenhamento no sentido de que se seja encontrada uma solução.
No entanto, caso se mantenha a actual falta de apoios, é real a possibilidade de a fanfarra suspender a sua actividade.
Agradecimento
“O Povo da Barca†agradece aos senhores Pedro Sousa (Perry) e Abel Ribeiro a amável cedência das fotografias antigas que integram esta reportagem.
fonte: jornal regional
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Colocada: Ter Out 16, 2007 9:14 am Assunto: Click Aqui para Ajudar O site |
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