ViPeR5000(Rui Melo) Site Admin
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Colocada: Seg Out 09, 2006 2:58 pm Assunto: Bota diz que Governo "enganou" ao explicar reforma |
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O deputado social-democrata Mendes Bota criticou hoje a reformulação dos serviços de urgência, que diz ter sido explicada de forma "enganadora", e acusou o Ministério da Saúde de pôr "a carroça à frente dos bois".
Em comunicado, José Mendes Bota diz que a reorganização das urgências hospitalares tem sido explicada primordialmente em termos numéricos, de forma "simplista" e "enganadora" e que o caso do Algarve é "exemplarmente negativo".
"O sector necessita de reformas, mas dispensa medidas economicistas, mesmo que travestidas de pareceres técnicos, mal explicadas e que deixam a sensação de que o Ministério da Saúde está a pôr 'a carroça à frente dos bois'", diz.
O deputado acusa o governo de transmitir uma explicação oficial que não se coaduna com a realidade, segundo a qual os serviços de urgência duplicarão e , no Algarve, apenas o concelho de Alcoutim não terá a cobertura ideal.
Segundo Mendes Bota, apesar da urgência polivalente do Hospital de Faro se manter inalterada e da urgência médico-cirúrgica na unidade de Portimão do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA) também, há certas especialidades cujo futuro é incerto.
"Seria bom que o Ministério da Saúde assegurasse a manutenção e mesmo o reforço das especialidades no CHBA", afirma, acrescentando que a recente exclusão de parte do apoio de urgência nas doenças cardÃacas na região do Barlavento " não prenuncia nada de positivo".
Quanto aos anunciados quatro novos Serviços de Urgência Básica (SUB), em Vila Real de Santo António, Loulé, Albufeira e Lagos, Mendes Bota diz que se trata apenas de transformar os Serviços de Atendimento Permanente (SAP) daqueles concelhos em SUB.
"Uma simples mudança de nome ou de siglas, a que não corresponde no imediato qualquer investimento em recursos humanos e técnicos que dê algum sentido e valor acrescido aos serviços actualmente existentes", critica.
O deputado chama ainda a atenção para o facto do eventual sucesso das alterações depender do reforço de meios do INEM, que na região funciona com "carências várias", a começar pela própria delegação, instalada num edifÃcio "desadequado".
Por outro lado, diz, as corporações de bombeiros foram "completamente ignoradas", da mesma forma que faltou o envolvimento das ordens profissionais, sindicatos, autarcas e utentes.
Fonte Algarve ONline
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