Abafador ou batedor
Ferramenta manual utilizada pelas equipas terrestres para extinção de pequenas chamas por abafamento
Abrigo de incêndio florestal
Equipamento de protecção transportado à cintura do bombeiro, que desdobrado toma a forma de uma tenda, para protecção contra o calor radiado.
Aceiro
São faixas que apoiando-se em barreiras naturais ou artificiais existentes, em faixas de contenção ou em zonas já queimadas, evitando a propagação do Incêndio para além destas.
Aditivo
Substância química adicionável a outras para melhorar as características especificas destas. No caso dos incêndios florestais adiciona-se à água para melhorar as suas característica extintoras ou retardantes.
Adjunto de ligação
Elemento de comando que trabalha directamente com o
COS, responsável pelo desenvolvimento dos contactos com os representantes de outras entidades
Adjunto de relações públicas
Elemento de comando que trabalha directamente com o
COS, responsável por implementar acções que permitam dar informações precisas e completas, respeitantes à dimensão, situação corrente, recursos envolvidos e outros assuntos de interesse geral aos Órgãos de Comunicação Social (OCS). O Adjunto de Relações Públicas é o ponto único de contacto para a comunicação social nos Teatros de Operações.
Adjunto de segurança
Elemento de comando que trabalha directamente com o
COS, responsável pela avaliação das condições de segurança em que as operações decorrem e promover o desenvolvimento das medidas necessárias à salvaguarda das pessoas em trabalho no Teatro de Operações (TO).
Aerotanque ligeiro (
AETL)
Meio aéreo (avião) para missões de combate a incêndio. Transporta entre 1.800 e 2.800 lts de produto de extinção. O abastecimento do produto de extinção é feito em terra.
Aerotanque médio (
AETM)
Meio aéreo (avião) para missões de combate a incêndio. Transporta entre 2.800 e 4.000 lts de produto de extinção. O abastecimento do produto de extinção é feito em terra.
Aerotanque pesado (
AETP)
Meio aéreo (avião) para missões de combate a incêndio. Transporta acima de 4.000 lts de produto de extinção. O abastecimento do produto de extinção pode ser efectuado no mar, barragens, albufeiras, rios ou em terra.
AFOCELCA
A
AFOCELCA é uma organização criada por diversas empresas do sector florestal dedicada à prevenção e combate a incêndios florestais. É composta pela Portucel, Soporcel, Celbi e Caima.
Aglomerado populacional
Conjunto de edifícios contínuos ou próximos distanciados entre si no máximo 50 mts e com 10 ou mais fogos, constituindo o seu perímetro a linha poligonal fachada que, englobando todos os edifícios, delimite a menos área possível.
Alerta Amarelo
Previsibilidade de ocorrências podendo ultrapassar a capacidade de resposta Sectorial do Distrito
Alerta Azul
Previsibilidade de ocorrências locais não ultrapassando a capacidade de resposta Distrital
Alerta Laranja
Previsibilidade de ocorrência ou ocorrências múltiplas, com necessidade de resposta Nacional ao nível Sectorial.
Alerta Vermelho
Previsibilidade de ocorrência ou ocorrências múltiplas, com necessidade de resposta Nacional global.
Ambulância de cuidados intensivos (ABCI)
Veículo uni-maca com equipamento e tripulação que permite a aplicação de medidas de Suporte Avançado de Vida (SAV), destinados à estabilização e transporte de um doente que necessite de assistência durante o transporte.
Ambulância de transporte de doentes (ABTD)
Veículo equipado para o transporte de um ou mais doentes em maca, ou maca e cadeira de transporte, por causas medicamente justificadas e cuja situação não faça prever a necessidade de assistência durante o transporte.
Ambulância de transporte múltiplo (ABTM)
Veículo destinado ao transporte de até sete doentes em cadeiras de transporte ou cadeiras de rodas.
Ambulância de socorro (ABSC)
Veículo uni-maca com equipamento e tripulação que permite a aplicação de medidas de Suporte Básico de Vida (SBV), destinadas à estabilização e transporte de um doente que necessite de assistência durante o transporte.
Ancinho
Ferramenta manual utilizada pelas equipas terrestres para corte de vegetação ligeira.
Arbusto
Planta lenhosa, quase sem tronco ou com muitos pés que raramente ultrapassa três metros de altura.
Área de actuação da equipa de sapadores florestais
Área definida em cada plano de actividades para a execução de trabalhos pela equipa de sapadores florestais.
Área de Actuação Própria (AAP)
Cada Corpo de Bombeiros tem uma área de actuação própria pela qual é responsável, que no caso dos Corpos de Bombeiros Sapadores ou Municipais, corresponde à área total do respectivo município. As AAP dos Corpos de Bombeiros coincidem obrigatoriamente com a divisão administrativa do país.
Área arborizada
Área ocupada com espécies arbóreas florestais, desde que estas apresentem um grau de coberto igual ou superior a 10% e ocupem uma área igual ou maior a 0,5 ha.
Área florestal
Área que se apresenta arborizada ou inculta.
Área Prioritária de Actuação (APA)
Área definida de actuação prioritária de um Corpo de Bombeiros Associativo, nos Municípios com Corpos de Bombeiros Sapadores ou Municipais.
Área da Rede Natura 2000
Constituída pelas áreas classificadas como Zonas de Protecção Especial (ZPE) e pelos sítios que constam da Lista Nacional proposta à Comissão Europeia para classificação como Zonas Especiais de Conservação (ZEC).
Área tampão
Área sem combustível que não permite a propagação do incêndio.
Árvore
Planta lenhosa com fuste (tronco) bem definido, copa mais ou menos bem diferenciada e, na fase adulta, altura superior a três metros.
Ataque ampliado
Acções de combate subsequentes ao ataque inicial.
Ataque inicial
Acção desenvolvida de imediato face a incêndios declarados, por equipas organizadas, qualificadas e integradas num dispositivo.
Autoridade Política
É a pessoa responsável por desencadear, na iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe, as acções de protecção civil, de prevenção, socorro, assistência e reabilitação adequadas a cada caso, no escalão Nacional, Distrital ou Municipal.
Avião de reconhecimento e coordenação (ARCO)
Meio aéreo para missões de reconhecimento, coordenação e guiamento de meios aéreos.
Baldio
Terreno possuído e gerido por comunidades locais, consideradas o universo dos compartes, ou seja, os moradores de uma ou mais freguesias ou parte delas que, segundo os usos e costumes, têm direito ao uso e fruição do baldio. O baldio constitui, em regra, logradouro comum, designadamente para efeitos de apascentação de gados, de recolha de lenhas ou matos, de culturas e outras fruições, nomeadamente de natureza agrícola, silvícola, silvo-pastorial ou apícola.
Banda aeronáutica
Conjunto de frequências dedicadas à comunicação entre aeronaves, e aeronaves e o elemento responsável em terra pelas operações aéreas para supressão do incêndio.
Banda alta de VHF
Conjunto de frequências de VHF para comunicação rádio em que os bombeiros podem operar na faixa dos 152 Mhz em simplex e na faixa dos 168/173 Mhz em semi-duplex
Banda baixa de VHF
Conjunto de frequências de VHF para comunicação rádio em que os bombeiros podem operar na faixa na faixa entre os 33 Mhz e os 40 Mhz.
Base de apoio logístico (
BAL)
Local de concentração de meios de reforço rápido, apoio logístico, reforço aéreo e comando.
Brigada de Combate a Incêndios (
BCIN)
Brigada constituída pela integração até três Equipas de Combate a Incêndios (ECIN), num total de 15 elementos.
Brigada Helitransportada de Ataque Inicial (
BHATI)
Brigada constituída por duas ou mais Equipas Helitransportadas de Ataque Inicial (EHATI) transportadas por helicóptero ou helicópteros agrupados em Task Force.
Brigada Helitransportada de Voluntários (
BHV)
Brigada constituída por duas ou mais Equipas Helitransportadas de Voluntários (EHV), transportadas por helicóptero ou helicópteros agrupados em Task Force.
Brigada de sapadores florestais
Agrupamento de duas ou mais equipas de sapadores vizinhas, que por razões de operacionalidade actuam conjuntamente.
Batedor
Ferramenta manual utilizada pelas equipas terrestres para extinção de pequenas chamas por abafamento.
Buldozer
Tractor de rasto com lâmina.
Cabeça ou FRENTE DO incêndio
Zona onde o incêndio se propaga com maior
epicentro, características geológicas e topográficas do terreno, e com as estruturas edificadas.">intensidade.
Carência
Método de extinção de incêndios que consiste em eliminar o combustível.
Carga de combustível
Peso seco do combustível presente por unidade de área em dado local geralmente expresso como ton/ha.
Carga de incêndio
Quantidade de energia libertada pela combustão da totalidade de matéria combustível contida num dado espaço.
Carta de
risco conjuntural de incêndio
Carta anual que completa a carta de
risco estrutural e que pondera o
risco associado pela presença de determinadas classes de ocupação do solo que possuem uma maior ou menor susceptibilidade ao fogo e de localização de áreas prioritárias para silvicultura de prevenção ou controlo de combustíveis com o objectivo de minimizar a progressão de incêndios.
Carta de
risco estrutural de incêndio
Carta plurianual que representa o padrão médio do
risco de incêndio à escala temporal de uma década. Tem uma vocação de zonagem de macroescala do
risco de incêndio com a função de apoiar decisões com efeitos de médio e longo prazo de apoio à prevenção estrutural da floresta e também do combate.
Carta de
risco de incêndio do Instituto de Meteorologia
Avaliação do
risco de incêndio, tendo como base o
risco estrutural (base anual - vegetação, orografia, meios combate e factores sociais) e o
risco dinâmico (base diária - precipitação, humidade, vento e temperatura observados).
Carta de
risco integrado de incêndio
Carta diária integrada de
risco dinâmico de incêndio, de
risco estrutural e de
risco meteorológico, para apoio à decisão através de componentes do estado de humidade dos combustíveis, o grau de perigosidade e a potência expectável do fogo conforme as zonas para onde este se propague, com o objectivo de orientar a vigilância e o planeamento do balanceamento dos meios de combate para o próprio dia e para o dia seguinte.
Célula de combate
Parte da estrutura do Posto de Comando de Operações (PCO) responsável pela gestão directa sobre todas as actividades e prioridades tácticas.
Célula de logística
Parte da estrutura do Posto de Comando de Operações (PCO) responsável pelo apoio à organização do Teatro de Operações, providenciando e gerindo todas as necessidades respeitantes a abastecimentos e equipamentos.
Célula de planeamento
Parte da estrutura do Posto de Comando de Operações (PCO) responsável pela recolha, processamento e difusão das informações necessárias à tomada das decisões.
Central de comunicações
Local onde se concentram equipamentos e outros meios de suporte à comunicação.
Centro de Meios Aéreos (
CMA)
Local de sede ou onde se encontrem sediados, meios aéreos de combate, coordenação, socorro, apoio e reconhecimento.
Cógula
Peça de vestuário para protecção do pescoço e face.
Coluna Nacional para Incêndios Florestais (
CNIF)
Conjunto de meios à ordem do Comando Nacional de Operações de Socorro, constituída por, 1 Veículo de Comando Táctico (VCOT), 1 Veículo de Gestão Estratégica e Operações (VGEO), 1 Veículo de Operações Especiais (VOPE) e 3 Grupos de Combate a Incêndios Florestais (GRIF), num total de 106 elementos.
Comandante das Operações de Socorro (
COS)
É o técnico, dependente hierarquicamente do Comandante Operacional, de acordo com o nível do Posto de COMANDO Táctico instalado no Teatro de Operações, responsável pelas tarefas de ataque, extinção e rescaldo de um incêndio florestal, de acordo com as faculdades que lhe são atribuídas pela legislação em vigor.
Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS)
Estrutura que garante o funcionamento, a operacionalidade e a articulação com todos os agentes de protecção civil do sistema de protecção e socorro no âmbito do Distrito. Assegura o comando e controlo, das situações que pela sua natureza, gravidade, extensão e meios envolvidos ou a envolver requeiram a sua intervenção. Mobiliza, atribui e emprega pessoal e os meios indispensáveis e disponíveis à execução das operações. Assegura a gestão dos meios aéreos a nível distrital. Assegura a coordenação, no respeito pela sua direcção e comando próprios, de todas as entidades e instituições empenhadas em operações de socorro. Apoia técnica e operacionalmente os Governadores Civis e as comissões distritais de protecção civil.
Comando Nacional de Operações de Socorro (
CNOS)
Estrutura que garante o funcionamento, a operacionalidade e a articulação com todos os agentes de protecção civil integrantes do sistema de protecção e socorro, coordenando operacionalmente os Comandos Distritais de Operações de Socorro. Assegura o comando e controlo, das situações que pela sua natureza, gravidade, extensão e meios envolvidos ou a envolver requeiram a sua intervenção. Promove a análise das ocorrências e determina as acções e os meios adequados à sua gestão. Assegura a coordenação e a direcção estratégica das operações de socorro. Acompanha em permanência a situação operacional no domínio das entidades integrantes do SIOPS. Prepara directivas e normas operacionais e difunde-as aos escalões inferiores para planeamento e execução. Propõe os dispositivos nacionais, os planos de afectação de meios, as políticas de gestão de recursos humanos e as ordens de operações.
Combate
Todas as actividades ligadas à resposta de ataque inicial, ataque ampliado, rescaldam, consolidação da extinção e vigilância activa pós incêndio.
Combustão
Reacção química de uma substância combustível com um comburente, com libertação de calor.
Combustível
Substância susceptível de arder.
Combustível fino morto
Substância de origem vegetal com diâmetro inferior a 6 mm, murcho ou seco.
Comissão de Protecção Civil
Órgão de coordenação e de apoio à respectiva Autoridade Política em matéria de Protecção Civil de escalão Nacional, Distrital ou Municipal e responsável por desencadear as acções previstas nos Planos de Emergência, assegurando a conduta das operações de Protecção Civil deles decorrentes.
Consolidação da extinção
Acções descontínuas de vigilância e simultaneamente de rescaldo, prolongadas no tempo.
Contrafogo
Técnica que consiste em queimar vegetação, contra o vento, num local para onde se dirige o incêndio, destinando-se a diminuir a sua
epicentro, características geológicas e topográficas do terreno, e com as estruturas edificadas.">intensidade, facilitando o seu domínio e extinção.
Corpo de Bombeiros (
CB)
Unidade operacional tecnicamente organizada, preparada e equipada para o cabal exercício das missões vigentes em Lei.
Cauda ou retaguarda do incêndio
Zona oposta à cabeça, onde o incêndio assume menor
epicentro, características geológicas e topográficas do terreno, e com as estruturas edificadas.">intensidade, ainda que possa também progredir nessa direcção.
Dedo do incêndio
Saliência num flanco, correspondente ao local onde o incêndio se propaga com maior velocidade.
Despacho
Acção desencadeada directamente por um Comando de Operações, de activação de qualquer meio da sua área de jurisdição e dependente da sua responsabilidade.
Detecção
Todas as actividades ligadas à vigilância, localização e alerta de incêndios florestais.
Dispositivo de Combate
Conjunto de meios, recursos materiais e humanos que se estabelecem de forma a garantir o ataque inicial, o ataque ampliado, o rescaldo e a vigilância activa.
Dispositivo de Detecção
Conjunto de meios, recursos materiais e humanos que se estabelecem de forma a garantir a vigilância, a localização e o alerta.
Dispositivo Meios Terrestres
Rede integrada de ataque inicial, coordenada pelos respectivos Centros Distritais de Operações de Socorro.
Efeito de chaminé
Fenómeno que ocorre quando o ar quente é comprimido durante a subida de um vale apertado, ganhando, por isso, velocidade e aquecendo cada vez mais os combustíveis com que contacta, resultando no aumento da
epicentro, características geológicas e topográficas do terreno, e com as estruturas edificadas.">intensidade e velocidade do incêndio.
Enxada
Ferramenta manual utilizada pelas equipas terrestres para escavação e corte de pequenas raízes.
Enxadão
Ferramenta manual utilizada pelas equipas terrestres que combina as ferramentas de escavação e de corte.
Equipa de Combate a Incêndios (ECIN)
Equipa constituída por um veículo de intervenção e respectiva guarnição de cinco elementos.
Equipa Helitransportada de Ataque Inicial (EHATI)
Equipa constituída por 5 elementos, transportados num helicóptero, com a missão específica de intervenção imediata em incêndios florestais.
Equipa Helitransportada de Voluntários (EHV)
Equipa constituídos por 5 elementos, transportados num helicóptero, para intervenção imediata em incêndios florestais.
Equipa Logística de Apoio ao Combate (ELAC)
Equipa constituída por dois ou três elementos e um meio técnico de apoio logístico às operações ou a veículos de ataque.
Equipas Móveis de Apoio ao Combate (EMAC)
Equipas de Comando, Logística, Comunicações e Sanitárias, para reforço e actuação quando necessário, no âmbito das operações em curso.
Equipa de sapadores florestais
Grupo constituído no mínimo por 5 elementos efectivos e que dispõe de equipamento, individual e colectivo, para o exercício das suas funções. Estas estão relacionadas com silvicultura preventiva, beneficiação de caminhos, vigilância, primeira intervenção, rescaldo e sensibilização.
Equipamento de protecção individual
Conjunto de equipamento utilizado para reduzir ou evitar lesões e eventuais perdas de vidas.
Espaço florestal
Terrenos ocupados com floresta, matos e pastagens ou outras formações vegetais espontâneas.
Espaço rural
Compreende os espaços florestais e terrenos agrícolas.
Espécie Florestal
Espécie arbórea utilizada em silvicultura.
Espuma
Agente extintor formado por bolhas, constituídas por uma atmosfera gasosa (ar), que se encontra confinada numa parede formada de uma película fina do agente emulsor.
Estratégia
Definição de objectivos com vista a alcançar um determinado fim.
Estrato vegetal
Cada uma das camadas segundo as quais se distribui a vegetação em altura (herbáceo, correspondente às ervas, arbustivo, o que é preenchido pelos arbustos e arbóreo, aquele que respeita à copa das árvores).
Extintor
Aparelho que contém um agente extintor, que pode ser projectado e dirigido para o fogo pela acção de uma pressão interna.
Extintor dorsal
Equipamento de combate a incêndios florestais, transportável às costas do utilizador, composto por pequeno depósito de água, bomba manual, pequena mangueira e agulheta para jacto contínuo ou pulverizado.
Faixa de Contenção
Faixas que se constroem com o objectivo de romper ou cortar a continuidade que se encontra na trajectória da progressão de um incêndio.
Faixa cortafogo
Área adjacente a estradas, caminhos florestais e aceiros onde foram reduzidos os combustíveis, nomeadamente através da roça de mato e desramação, com a finalidade de atrasar a propagação.
Faixa de segurança
Faixas que se constroem nos perímetros dos incêndios em rescaldo, para evitar reacendimentos.
Fato de protecção
Vestuário individual completo, que protege o individuo de modo adequado, a determinadas condições ambientais (temperatura, contaminantes ou agressões mecânicas).
Fire Weather Index (FWI)
Indicador relativo da
epicentro, características geológicas e topográficas do terreno, e com as estruturas edificadas.">intensidade do fogo, determinada pelas condições meteorológicas e estado de secura da vegetação. Incorpora os dados meteorológicos de temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento a 10 mts de altura em terreno aberto e a quantidade de precipitação acumulada das últimas 24 horas, observado às 12 horas UTC.
Flanco do incêndio
Parte lateral situada entre a frente e a retaguarda. O flanco direito situa-se no lado direito do sentido de progressão do incêndio e, o esquerdo, do lado esquerdo.
Floresta
Formação vegetal em que predominam as árvores e outros vegetais lenhosos, crescendo relativamente perto uns dos outros e que se destina à produção de madeira e outros produtos florestais tais como resinas, cortiça, frutos secos, mel, etc. Serve ainda para recreio, protecção de bacias hidrográficas e do litoral, abrigo e alimentação da fauna cinegética e piscícola e é utilizada também para pastoreio nas clareiras.
Foco Secundário
Ponto exterior, separado do perímetro do incêndio principal, onde se verifica a ignição de um novo foco de incêndio.
Fogacho
Incêndio cuja área ardida é inferior a 1 hectare.
Fogo
Produção simultânea de luz e calor, por combustão controlada de materiais combustíveis, mesmo que não tenha sido desencadeada voluntariamente.
Fogo controlado
Técnica de prevenção de incêndios, que, utiliza o fogo de maneira a queimar, de forma controlada durante o Inverno, o combustível que não queremos que arda, de forma descontrolada, durante o verão.
Utilização do fogo na gestão de espaços florestais, sob condições, normas e procedimentos conducentes à satisfação de objectivos específicos e quantificáveis e que é executada sob a responsabilidade de técnico credenciado.
Fogo posto
Incêndio por acção criminosa ou por malvadez.
FoGo secundário
Ignição de combustíveis vegetais, provocado por materiais incandescentes projectados para fora do incêndio principal.
Fogo Táctico
Técnica de contra fogo que consiste em queimar vegetação, contra o vento, num local para onde se dirige uma frente de incêndio, com o objectivo de diminuir a sua
epicentro, características geológicas e topográficas do terreno, e com as estruturas edificadas.">intensidade, facilitando o seu domínio e extinção.
Fogueira
Combustão com chama, confinada no espaço e no tempo, para aquecimento, iluminação, confecção de alimentos, protecção e segurança, recreio ou outros afins.
Foição
Ferramenta manual utilizada pelas equipas terrestres para cortar e roçar mato e pequenos ramos.
Força Operacional Conjunta
Conjunto de meios humanos e materiais (terrestres e aéreos) de ataque inicial, ataque ampliado, reforço, rescaldo, vigilância activa pós-rescaldo, apoio e assistência, pertencentes aos Corpos de Bombeiros, à Guarda Nacional Republicana, às Forças Armadas, à Direcção Geral dos Recursos Humanos, às Organizações de Produtores Florestais, às Brigada da Media
AGRIS 3.4., à
AFOCELCA, ao Instituto de Conservação da Natureza, e a outras entidades públicas ou privadas.
Frente
Nível da organização que se situa numa posição intermédia de desenvolvimento avançado.
Frente ou cabeça do incêndio
Zona onde o incêndio se propaga com maior
epicentro, características geológicas e topográficas do terreno, e com as estruturas edificadas.">intensidade.
Gestão de combustível
Criação e manutenção da descontinuidade horizontal e vertical da carga combustível nos espaços rurais, através da modificação ou da remoção parcial ou total da biomassa vegetal, nomeadamente por corte e ou remoção, empregando as técnicas mais recomendadas com a
epicentro, características geológicas e topográficas do terreno, e com as estruturas edificadas.">intensidade e frequência adequada à satisfação dos objectivos dos espaços intervencionados.
Grupo de Combate a Incêndios Florestais (GCIF)
Constituídos por Distrito, quatro Veículos de Combate a Incêndios, dois Veículo Tanque Táctico, um Veículo de Comando Táctico e as respectivas equipas, num total de 26 elementos.
Grupo Logístico de Reforço (GLOR)
Constituídos por Distrito, cinco Veículos Tanque de Grande Capacidade, um Veículo de Comando Operacional Táctico e as respectivas equipas num total de 12 elementos.
Grupo de Reforço para Incêndios Florestais (GRIF)
Constituídos por Distrito, um Grupo de Combate a Incêndios Florestais, um Veículo de Transporte de Pessoal Táctico, uma Ambulância de Socorro e as respectivas equipas, num total de 32 elementos.
Habitação ameaçada
Quando se encontrem na zona do sinistro, fora da linha de propagação principal do incêndio, podendo, eventualmente, ser atingidas pelos flancos do incêndio num tempo de 60 minutos.
Habitação em
risco
Quando se encontrem na zona de sinistro, na linha de propagação principal do incêndio e a cabeça do incêndio as possa atingir num tempo de 60 minutos.
Helicópteros de Ataque Inicial
Helicópteros Bombardeiros e respectivas Equipas ou Brigadas Helitransportadas, para empenhamento imediato e prioritário em incêndios nascentes.
Helicóptero de Avaliação e Coordenação (HEAC)
Meio aéreo para missões de reconhecimento, avaliação, comando, coordenação e controlo.
Helicóptero Bombardeiro (HEB)
Meio aéreo para missões de combate a incêndios.
Helicóptero de Socorro e Assistência (HESA)
Meios aéreos para missões de primeira intervenção em emergências, evacuação aero-médica, busca e salvamento, apoio a operações terrestres e combate a incêndios.
Helicóptero Bombardeiro Ligeiro (HEBL)
Meio aéreo para missões de combate a incêndios. Capacidade de transporte inferior a 1.000 lts de água.
Helicóptero Bombardeiro Médio (HEBM)
Meio aéreo para missões de combate a incêndios. Capacidade de transporte entre os 1.000 lts e 2.500 lts de água.
Helicóptero Bombardeiro Pesado (HEBP)
Meio aéreo para missões de combate a incêndios. Capacidade de transporte superior a 2.500 lts de água.
Heliporto
Local previamente preparado para aterragem e descolagem de helicópteros.
Ilha
Área situada no interior do perímetro do incêndio que não foi afectada pelo mesmo, isto é queimada.
Incandescência
Forma de combustão, de uma material no estado sólido, sem chama mas com emissão de luz na zona da combustão.
Incêndio
Combustão livre, sem controlo, no espaço e no tempo.
Incêndio circunscrito
Incêndio impedido de avançar e propagar-se para fora dos limites já atingidos
Incêndio dominado
Incêndio que já não se propaga e em que as chamas ainda existentes não afectam os combustíveis vizinhos.
INCÊNDIO EXTINTO
Principais focos de incêndio estão apagados, mantendo-se somente, dentro do perímetro, pequenos focos de combustão.
Incêndio florestal
Incêndio sem controlo, sem qualquer limitação de área, com inicio numa zona florestal, ou que atinja uma zona florestal.
Incêndio nascente
ncêndio que eclodiu há pouco tempo em outros locais, fora do Teatro de Operações.
Incêndio RESCALDO
Onde se elimina ou se isola pequenos focos de combustão, garantindo-se que mesmo não reacende.
Inculto
Terreno coberto com lenhosas ou herbáceas de porte arbustivo, de origem natural, que não tem utilização agrícola nem está arborizado, podendo, contudo, apresentar alguma vegetação de porte arbóreo mas cujo grau de coberto seja inferior a 10%.
Índice de
risco espacial de incêndio florestal
Expressão numérica da probabilidade de ocorrência de incêndio.
Índice de
risco temporal de incêndio florestal
Expressão numérica que traduz o estado dos combustíveis florestais e da meteorologia, de modo a prever as condições de início e propagação de um incêndio.
Inflamação
Fase da combustão inicial, em que surge a chama.
Infraestrutura
Construções ou instalações de apoio ao combate aos incêndios florestais e à actividade florestal (ex. caminhos, pontos de água, postos de vigia, etc).
Instrumentos de gestão florestal
Planos de gestão florestal (PGF), os elementos estruturantes das zonas de intervenção florestal (ZIF), os projectos elaborados no âmbito dos diversos programas públicos de apoio ao desenvolvimento e protecção dos recursos florestais e, ainda, os projectos a submeter à apreciação de entidades públicas no âmbito da legislação florestal.
Interface
Linha, área ou zona onde estruturas ou outros meios humanos se misturam com combustíveis vegetais e florestais.
Machado
Ferramenta manual utilizada pelas equipas terrestres com um ou dois gumes, para corte e desbaste de elementos em madeira.
Manancial
Local, acessível aos veículos dos bombeiros, onde há disponibilidade de água para o seu abastecimento mediante a utilização de bombas em aspiração.
Manta morta
Camada sobre o solo, situada por baixo da folhada, que se apresenta decomposta ou em decomposição. Difere da folhada por não ser possível identificar o material originário.
Massa Total em Carga (MTC)
Total da carga em ordem de marcha, com veículo totalmente abastecido, incluindo toda a guarnição (90 kg/elemento) e todo o equipamento do veículo e equipamento operacional.
Mata
Floresta plantada e/ou trabalhada pelo homem, usualmente festinada à exploração.
Matagal
Formação vegetal de plantas arbustivas (tojo, carqueja, esteva, urze, giesta) que podem estar associados, ou não, a árvores jovens em que o desenvolvimento vertical é inferior a três metros de altura.
Mato
Formação vegetal de plantas arbustivas e herbáceas em que o desenvolvimento vertical é, geralmente, inferior a um metro de altura.
Meios Aéreos de Vigilância, Reconhecimento, Avaliação e Coordenação
Empenhamento de meios aéreos em acções de vigilância, de reconhecimento, avaliação e coordenação.
Molhante
Substância que aumenta a capacidade da água aderir à superfície de um corpo e penetrar no seu interior.
Motorroçadoura
Ferramenta mecânica utilizada pelas equipas terrestres para desbaste mecânico de vegetação ligeira.
Motoserra
Ferramenta mecânica utilizada pelas equipas terrestres para corte mecânico de troncos e elementos em madeira de maiores dimensões.
Móvel
Equipamento de comunicação rádio destinado a ser montado num veículo, aeronave ou embarcação.
Nível de Gravidade 1 (NG1) - incêndios florestais
Incêndios que podem ser basicamente circunscritos com os meios de ataque inicial de escalão municipal ou se necessário com o reforço de meios de municípios adjacentes de rápida intervenção, solicitados pelo Comandante de Operações de Socorro, de acordo com os procedimentos estabelecidos nas Normas Operacionais Permanentes do Comando Nacional de Operações de Socorro, e que não coloquem em perigo nem pessoas nem bens distintos dos bens florestais.
Nível de Gravidade 2 (NG2) - incêndios florestais
Incêndios em que se prevê pela sua possível evolução, a necessidade de serem postas em prática medidas para a protecção de pessoas e bens que podem vir a ser ameaçados pelo incêndio, assim como meios de reforço do distrito.
Nível de Gravidade 3 (NG3) - incêndios florestais
Incêndios em que se prevê virem a ser incorporados meios de reforço inter distritais ou nacionais, que possam atingir situações de emergência ou que ponham em causa o interesse nacional.
Nível de Gravidade 4 (NG4) - incêndios florestais
Incêndios em que está comprometido o interesse nacional ou onde se prevê virem a ser incorporados meios de reforço internacionais.
Objectivo táctico
Operação necessária para alcançar os objectivos específicos determinados pela estratégia.
Ocorrência
Incêndio, queimada ou falso alarme que origina a mobilização de meios de socorro.
Pá
Ferramenta manual utilizada pelas equipas terrestres para remoção e arremesso de terra, apoio à escavação, corte de vegetação ligeira, abafamento e protecção.
Perigo de incêndio
A resultante, muitas vezes expressa por um número ou índice, dos factores, tanto constantes como variáveis, que condicionam o início, a propagação e a dificuldade de controlo e o grau de danos que podem sofrer perante um incêndio florestal, os cidadãos, os bens e o meio ambiente.
Período crítico
Período durante o qual vigoram medidas e acções especiais de prevenção contra incêndios florestais, por força de circunstâncias meteorológicas excepcionais, sendo definido e por portaria do Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas.
Período de Perigo Elevado (PPE)
Meses de Julho, Agosto e Setembro, onde o estado de prontidão e o nível de empenhamento dos dispositivos de detecção e combate, serão máximos e onde se podem aplicar medidas restritivas de uso do fogo e de acesso a locais de maior vulnerabilidade.
Período de Perigo Especial (PPES)
Períodos de Perigo Reduzido se prevejam situações especiais, derivadas de condições meteorológicas ou de outras circunstâncias agravantes do perigo, levando a alterar o estado de prontidão e o nível de empenhamento dos meios de combate e apoio.
Período de Perigo Médio (PPM)
Meses de Outubro, Maio e Junho, onde podem ser adoptadas algumas precauções especiais no uso do fogo e os meios de resposta poderão ter estados de prontidão mais elevados.
Período de Perigo Reduzido (PPR)
Meses de Janeiro, Fevereiro, Março, Abril, Novembro e Dezembro onde não é previsível a adopção de precauções especiais.
Plano
Estudo integrado dos elementos que regulam as acções de intervenção no âmbito da defesa da floresta contra incêndios num dado território, identificando os objectivos a alcançar, as actividades a realizar, as competências e atribuições dos agentes envolvidos e os meios necessários à concretização das acções previstas.
Plano estratégico de acção
Base do desenvolvimento da organização no teatro de operações, que define as responsabilidades estratégicas, os objectivos tácticos e as actividades de apoio necessárias à supressão do incidente, determinando onde e quando são colocados os meios de acção.
Planos Operacionais Municipais (POM)
É a operacionalização dos PMDFCI, em particular para as acções de vigilância, detecção, fiscalização, ataque inicial e combate.
Plano Prévio de Intervenção (PPI)
Documento que contém a informação e onde se descrevem os procedimentos, antecipadamente, estabelecidos para uma dada intervenção.
Ponto de água
Zona alagada artificial, com água proveniente de qualquer forma de precipitação atmosférica ou de cursos de água, normalmente usada como ponto de abastecimento em caso de incêndio, para rega e para bebedouro.
Ponto de situação
Informação referente a um dado momento sobre os efeitos das actividades de supressão do acidente e do estado dos meios e recursos envolvidos.
Portátil
Equipamento de comunicação rádio destinado a ser transportado pelo seu utilizador.
Posto de Comando Operacional (PCO)
É o órgão director das operações no local da ocorrência, destinado a apoiar o responsável das operações, na preparação das decisões e na articulação dos meios no Teatro de Operações.
Povoamento florestal
Área ocupada com árvores florestais que cumpre os critérios definidos no Inventário Florestal Nacional, incluindo os povoamentos naturais jovens, as plantações e sementeiras, os pomares de sementes e viveiros florestais e as cortinas de abrigo.
Povoamento misto
Quando, havendo várias espécies em presença, nenhuma atinge 75% do coberto, considerando-se espécie dominante a que é responsável pela maior parte do coberto.
Povoamento puro
Quando só uma espécie é responsável por mais de 75% do coberto.
Prevenção
Conjunto das actividades que têm por objectivos reduzir ou anular a possibilidade de se iniciar um incêndio, diminuir a sua capacidade de desenvolvimento e mitigar os efeitos indesejáveis que o incêndio pode originar.
Prevenção contra incêndios
Conjunto de medidas e atitudes destinadas a diminuir a probabilidade de eclosão de um incêndio.
Primeira intervenção
É a acção desenvolvida de imediato no início de um incêndio, por qualquer cidadão.
Prioridade
Classificação das áreas de
risco tendo em vista o grau de vulnerabilidade e perigo de incêndio, servindo de orientação para a determinação do despacho e distribuição de recursos e meios.
Propagação
Desenvolvimento do incêndio, no espaço, através dos mecanismos de transmissão de energia.
Propagação em coroa
Todo o perímetro do incêndio está activo, em forma circular.
Propagação de um incêndio
Desenvolvimento do incêndio no espaço, através dos mecanismos de transmissão da energia.
Propagação em 4 ou “Y” frentes
O Perímetro do fogo está activo em 4 ou “Y” frentes, não ligadas entre si.
Propagação ramificada
Parte do perímetro do incêndio está activo, propagando-se em múltiplas direcções ligadas entre si.
Proporções
Dimensões; tamanho; gravidade.
Queima
O uso do fogo para eliminar sobrantes de exploração.
Queimada
Queima de mato ou de restolho. Uso do fogo para a renovação de pastagens.
Queimada rural
Fogo em área rural que está ser controlado por uma ou mais pessoas, independentemente da sua dimensão ou
epicentro, características geológicas e topográficas do terreno, e com as estruturas edificadas.">intensidade. Pode ser intensiva (borralheira) quando o combustível, depois de cortado e amontoado, é queimado e extensiva (queimada, propriamente dita) quando é lançado fogo ao combustível.
Reacendimento
Reactivação de um incêndio, depois de este ter sido considerado como extinto, pelo Comandante das Operações de Socorro, sendo a fonte de calor proveniente do incêndio original.
Reactivação
Aumento de
epicentro, características geológicas e topográficas do terreno, e com as estruturas edificadas.">intensidade de uma linha no perímetro de um incêndio, durante as operações e antes deste ser considerado extinto, pelo Comandante das Operações de Socorro.
Reconhecimento
Avaliação dos problemas e das condições concretas que serve de base ao plano de acção com vista ao desenvolvimento das operações de socorro.
Recuperação
Conjunto de actividades que têm como objectivo a promoção de medidas e acções de recuperação e reabilitação, como a mitigação de impactos e a recuperação de ecossistemas.
Rede de comunicações
Conjunto de postos de comunicação que partilham o mesmo canal ou os mesmos canais.
Rede de faixas de gestão de combustível
Conjunto de parcelas lineares de território, estrategicamente localizadas, onde se garante a remoção total ou parcial de biomassa florestal, através da afectação a usos não florestais e do recurso a determinadas actividades ou a técnicas silvícolas com o objectivo principal de reduzir o perigo de incêndio.
Rede de infraestruturas de apoio ao combate
Conjunto de infraestruturas e equipamentos afectos às entidades responsáveis pelo combate e apoio ao combate a incêndios florestais, relevantes para este fim, entre os quais os aquartelamentos e edifícios das corporações de bombeiros, dos sapadores florestais, da Guarda Nacional Republicana, das Forças Armadas e das autarquias, os terrenos destinados à instalação de postos de comando operacional e as infraestruturas de apoio ao funcionamento dos meios aéreos.
Rede de pontos de água
Conjunto de estruturas de armazenamento de água, de planos de água acessíveis e de pontos de tomada de água, com funções de apoio ao reabastecimento dos equipamentos de luta contra incêndios.
Rede viária florestal
Conjunto de vias de comunicação integradas nos espaços que servem de suporte à sua gestão, com funções que incluem a circulação para o aproveitamento dos recursos naturais, para a constituição, condução e exploração dos povoamentos florestais e das pastagens.
Regolito
Material superficial de desagregação, constituído por detritos rochosos não consolidados, resultante de fenómeno de meteorização e erosão, e que recobre as rochas sólidas.
Relevo
Termo geral que descreve a morfologia de uma dada área no que concerne às diferenças de altitude, forma e dimensão dos vales, forma e inclinação das vertentes, etc.
Retaguarda ou cauda do incêndio
Zona oposta à cabeça, onde o incêndio assume menor
epicentro, características geológicas e topográficas do terreno, e com as estruturas edificadas.">intensidade, ainda que possa também progredir nessa direcção.
RISCO DE INCÊNDIO
Probabilidade de que se produza um incêndio numa determinada zona, como resultado da presença ou actividade de agentes causativos.
Roçadoura
Ferramenta manual utilizada pelas equipas terrestres para desbaste de vegetação ligeira, cortar e roçar mato.
Rotor
Pás e demais componentes rotativos a elas associados que, nos helicópteros, garantem a sua sustentação e direcção.
Sapador florestal
Trabalhador especializado, com perfil e formação específica adequados ao exercício das funções de prevenção dos incêndios florestais.
Sector
Agrupamento, ao nível táctico, de meios de combate ao sinistro. Os Sectores representam áreas geográficas.
Sector operacional
Conjunto de zonas operacionais correspondente a um distrito.
Área territorial sob a coordenação de um Comando Distrital de Operações de Socorro.
Silvicultura preventiva
Conjunto de acções articuladas ao nível dos espaços florestais que, partindo do conhecimento dos fenómenos de ignição e propagação do fogo, visam evitar a sua ocorrência e diminuir as suas consequências.
Sistema de Comando Operacional (SCO)
Forma de organização que se aplica, exclusivamente para fins operacionais e que é desactivada quando termina a ocorrência que lhe deu origem.
Solo
Parte superficial do terreno constituída por matéria orgânica e mineral.
Suporte avançado de vida (SAV)
Nível de emergência médica que utiliza os procedimentos do Suporte Básico de Vida, técnicas invasivas e administração de fármacos.
Suporte básico de vida (SBV)
Nível de emergência médica que procede à ventilação.
Supressão
Acção concreta e objectiva destinada a extinguir um incêndio, incluindo a garantia de que não ocorrem reacendimentos, apresenta três fases principais: a primeira intervenção, o combate e o rescaldo.
Táctica
Organização dos meios de acção com o fim de concretizar os objectivos definidos pela estratégia.
Teatro de Operações (TO)
Área onde se desenvolvem as operações socorro.
Tetraedro do fogo
Quatro elementos que, em conjunto, garantem a manutenção da combustão: combustível, comburente, energia de activação e reacção em cadeia.
Triagem
Avaliação e classificação das vítimas quanto ao tipo e gravidade das lesões apresentadas, com o objectivo de definir prioridades no respectivo tratamento.
Triângulo do fogo
Três elementos que, em conjunto, permitem a ignição de uma combustão: combustível, comburente e energia de activação.
Veículo de Apoio Alimentar (VAPA)
Veículo destinado à conservação e/ou concepção e/ou distribuição de alimentação a elementos envolvidos numa operação de socorro e/ou assistência.
Veículo de Comando e Comunicações (VCOC)
Veículo concebido para a montagem de Postos de Comando Operacional com uma área de transmissões e uma área de comando, perfeitamente delimitadas.
Veículo de Comando Táctico (VCOT)
Veículo com chassi 4x4, destinado ao reconhecimento e comando táctico e massa total em carga (MTC) inferior a 3,5 T.
Veículo com Equipamento Técnico de Apoio (VETA)
Veículo de transporte de equipamento técnico/operacional, diverso, de apoio a operações de socorro e/ou assistência.
Veículo Especial de Combate a Incêndios (VECI)
Veículo de combate a incêndios utilizando meios especiais de extinção. Capacidade de transporte normalmente acima dos 4.000 lts.
Veículo Florestal de Combate a Incêndios (VFCI)
Veículo de primeira intervenção equipado com bomba de incêndios, tanque de água e outros equipamentos necessários para o salvamento e combate a incêndios. Capacidade de transporte entre 1.500 lts e 3.000 lts e chassi todo-o-terreno.
Veículo de Gestão Estratégica de Operações (VGEO)
Veículo especial para a gestão de grandes ocorrências e massa total em carga (MTC) superior a 7,5 T.
Veículo Ligeiro de Combate a Incêndios (VLCI)
Veículo de primeira intervenção equipado com bomba de incêndios, tanque de água e outros equipamentos necessários para o salvamento e combate a incêndios. Capacidade de transporte mínima de 400 lts. e massa total em carga (MTC) inferior a 3,5 T.
Veículo para Operações Específicas (VOPE)
Veículo destinado a operações especiais ou de apoio.
Veículo Rural de Combate a Incêndios (VRCI)
Veículo de primeira intervenção equipado com bomba de incêndios, tanque de água e outros equipamentos necessários para o salvamento e combate a incêndios. Capacidade de transporte entre 1.500 lts e 4.000 lts e chassi 4x4.
Veículo de Socorro e Assistência Médica (VSAM)
Veículo concebido com equipamento capaz de medicalizar o socorro e tripulado por um médico e pessoal especializado, permitindo a aplicação de medidas de Suporte Avançado de Vida.
Veículo Tanque de Grande Capacidade (VTGC)
Veículo equipado com bomba de incêndios e tanque de água, para apoio a operações de socorro e/ou assistência, podendo ser articulado. Capacidade de transporte superior a 16.000 lts.
Veículo Tanque Táctico Florestal (VTTF)
Veículo com chassi todo-o-terreno equipado com bomba de incêndios e tanque de água, ara apoio a operações de socorro e assistência. Capacidade de transporte normalmente até 16.000 lts.
Veículo Tanque Táctico Rural (VTTR)
Veículo com chassi 4x4 equipado com bomba de incêndios e tanque de água, para apoio a operações de socorro e/ou assistência. Capacidade de transporte normalmente até 16.000 lts.
Veículo Tanque Táctico Urbano (VTTU)
Veículo com chassi 4x2 equipado com bomba de incêndios e tanque de água, para apoio a operações de socorro e/ou assistência. Capacidade de transporte normalmente acima dos 4.000 lts. Capacidade de transporte normalmente até 16.000 lts.
Veículo de Transporte de Pessoal Geral (VTPG)
Veículo com chassi 4x2 destinado ao transporte de pessoal operacional e massa total em carga (MTC) superior a 3,5 T.
Veículo de Transporte de Pessoal Táctico (VTPT)
Veículo com chassi 4x4, destinado a transportar pessoal operacional com o seu equipamento individual e massa total em carga (MTC) inferior ou igual a 3,5 T.
Veículo Urbano de Combate a Incêndios (VUCI)
Veículo de primeira intervenção equipado com bomba de incêndios, tanque de água e outros equipamentos necessários para o salvamento e combate a incêndios. Capacidade de transporte entre 1.500 lts e 3.000 lts.
Velocidade de progressão
Aumento da área consumida pelo incêndio (ha/h, m2/min.) por unidade de tempo.
Velocidade de propagação
Distância percorrida pelas chamas, na frente do incêndio (mts/seg, km/h) numa unidade de tempo.
Vigilância Aérea Armada
Emprego de aerotanques em operações de vigilância aérea armada, à ordem dos CDOS devidamente articuladas e com a concordância do
CNOS.
Vulnerabilidade
Propriedade derivada do complexo de combustível, caracterizada pelo volume, tipo, condição, arranjo e localização, que determina tanto o grau de facilidade de ignição, como o de dificuldade de supressão.
Zona de Apoio
Zona adjacente à zona do sinistro, de acesso condicionado, onde se concentram os meios de apoio e logístico estritamente necessários ao suporte dos meios de intervenção, ou onde estacionam meios de intervenção para a resposta imediata.
Zona de Concentração e Reserva
Zona do Teatro de Operações, onde se localizam, temporariamente, meios e recursos disponíveis sem missão imediata, onde se mantém um sistema de apoio logístico e assistência pré-hospitalar e onde têm lugar as concentrações e trocas de recursos pedidos pelo Posto de Comando Operacional.
Zona Florestal
É uma zona de povoamento florestal e/ou de matos.
Zona Operacional
Subdivisão operacional de um Sector Operacional, agrupando um conjunto de Corpos de Bombeiros que possuem áreas de actuação com riscos semelhantes, dispondo de recursos próprios de resposta a incidentes.
Zona de Recepção de Reforços
Zona de controlo e apoio logístico para onde se dirigem os meios de reforço, antes de atingirem a Zona de Concentração e Reserva no Teatro de Operações.
Zona de Sinistro
É a superfície na qual se desenvolve a ocorrência, de acesso restrito, onde se encontram exclusivamente os meios necessários à intervenção directa, sob a responsabilidade exclusiva do posto de comando operacional.
Fonte:snbpc